Era você. Não tinha um banco vago ao meu lado, uma mesa reservada pra você em mim, um esperado aviso prévio. Preparada pra qualquer coisa, menos você. Talvez seja por isso... aguardei o tempo todo por algo, e nunca veio. O segredo: não corra atrás das borboletas. Sim, elas vieram até mim. E vieram... demais.
Talvez por pensar ser sempre auto-suficiente, as coisas me parecem sair do controle. Não que seja ruim, é bom demais. Diferente... questão de costume. Talvez demore, talvez amanhã eu já tenha me adaptado. A precisão que sinto agora por você é alucinadoramente linda. Assustadoramente fascinante. É algo diferente, totalmente nulo de pecados, sem egoísmo. Preciso de você feliz, radiante, sorridente. Isso seria o ápice da minha felicidade não comedida. Preciso de você livre, criar o vento com suas asas, voar e trazer de longe o sorriso que vale minha vida. Preciso de vida vinda de você. Quero sua alegria como ar, sua liberdade como água. Peço, apenas, que me deixe o ver passar. Compensa minha vida, transborda meu coração de paz, certeza, enche minha cabeça de tranquilidade, me deixe o ver passar. Nem que seja de longe, me deixe o ver passar. Me deixe o ver voar. Me deixe sonhar.
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